segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

QUANDO DEVEMOS PROCURAR AJUDA?



           Por Solange Matassoli Gomes - Psicóloga - CRP: 05/35480
                                     Fone: 9693-0558

    
     Gostaria de iniciar este artigo, com a seguinte pergunta: O que é ter saúde? A resposta parece simples, pois certamente a grande maioria responderia que ter saúde é não ter alguma doença instalada no corpo e na mente. Eu diria que ter saúde significa viver bem, ter qualidade de vida, dispor de bem estar físico, psíquico e social.

     Porém, podemos constatar que em nosso dia a dia, nem sempre é fácil alcançarmos este equilíbrio tão desejado. Vivemos intensamente, corremos atrás de nossos sonhos e ideais e na medida do possível, enfrentamos sozinhos, dificuldades que vão surgindo pelo caminho e as arrebatamos bravamente. Infelizmente, nem tudo sai como esperamos, e os resultados às vezes nos frustram e não sabemos lidar com esses supostos “fracassos”. Daí, alguns sinais começam a surgir, apontando que “algo não está bem”. Começamos a sentir-nos infelizes e inadequados, fechamo-nos em nosso próprio mundo e através de “encaramujamento”, nos isolamos de tudo e de todos, nos percebemos incapazes, injustiçados e incompreendidos. Há ainda aqueles que agridem e descontam seus problemas nas pessoas que estão ao seu redor, sejam eles amigos, chefes, cônjuges ou filhos. E assim, o desequilíbrio surge através da insônia, da depressão, da ansiedade, do cansaço, dos medos, das compulsões, das mudanças bruscas de humor, enfim... O que fazer?

     Muitas pessoas acreditam que melhorar é só uma questão de força de vontade. É verdade, desde que essas pessoas já tenham encontrado a resposta que precisem e enfrentem o desafio de implementá-las. Porém, há pessoas que se vêem envolvidas numa “areia movediça” e percebem que quanto mais tentam a solução de seus problemas, fatigam-se e parece não sair da rede em que se encontram. Então, é chegada a hora da melhor tomada de decisão, porém nem sempre muito fácil, mas inevitável.

     A busca de um auxílio psicológico, através de um profissional competente, poderá ajudá-lo, levando-o a um autoconhecimento, fazendo com que você se aceite enquanto indivíduo, valorizando-se e tenha condições necessárias para que possa resolver seus problemas, buscando o equilíbrio entre suas emoções, pensamentos e seus comportamentos para favorecer atitudes que gerem segurança e bem estar.

     Contudo, é importante salientar que para atingir esse ponto de equilíbrio, é necessário que o cliente abandone expectativas exageradas de melhora a curto prazo, pois o problema que no momento o aflige é apenas a ponta do iceberg que provavelmente foi construído durante toda sua história de vida.

     Considero relevante ressaltar que às vezes, dependendo do comprometimento da doença mental aliada a uma causa orgânica, faz-se necessário associarmos o tratamento psicoterapêutico desenvolvido pelo psicólogo à terapia medicamentosa, onde o papel do psiquiatra é fundamental, uma vez que a área de incidência deste profissional é a medicação de modo a tratar as doenças mentais.

     Enfim, investir em saúde mental significa melhorar sua qualidade de vida que, por conseguinte refletirá em seu crescimento pessoal.


     Reserve um tempo para cuidar de VOCÊ!!!



Livros para ler, viver e sonhar. Sonhos sem sair do lugar!



Luciene de Castro Reto - Psicóloga
                       CRP/RJ: 05/33346 - Fone: 9653-4277

     No processo de ensino aprendizagem é fundamental para o desenvolvimento de toda criança a formação do hábito de leitura. Neste sentido, a literatura infantil é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa.
     A Coleção Mundo da Lulu é uma proposta de motivar os profissionais da educação para assumirem práticas pedagógicas voltadas ao estímulo da leitura literária em sala de aula, como também inserir a literatura infantil em hábitos e atividades familiares.
     Pensando nisso, com base em minha experiência como psicóloga clínica e escolar, venho propor de forma divertida o incentivo da formação do hábito de leitura, através da publicação de cinco livros voltados para o público infantil. Cada título tem uma proposta que se destina a objetivos específicos, como:

     * O Fantástico Mundo da Lulu - Objetiva trabalhar de forma lúdica, a família, a escola, as regras e alguns valores humanos, assim como a importância da verdade e da justiça.

     * Lulu e a cidade embaixo do travesseiro - Aborda a questão da organização pessoal, ecologia e a preservação ambiental. Trabalha a importância da criança zelar pelo nosso meio ambiente que hoje precisa de muita atenção e a ser organizada com seus pertences, tais como: brinquedos, materiais, roupas e outros.

     * O livro mágico da Lulu - Permite trabalhar questões como competitividade, egoísmo e amizade. Conceitos que envolvem crianças com espírito de liderança autocrata que só querem ganhar ou mandar em todas as situações. Acreditam que são as melhores e querem sempre escolher ou ser a primeira em tudo.

     * O cachorro da Lulu fez o gol - Aborda a importância de obedecer aos pais e trabalha a aceitação do “não”.

     * A necessidade fez o sapo pular - O livro permite que profissionais da área de educação e familiares trabalhem a questão do complexo de inferioridade, a aprendizagem e a cadeia alimentar.


     O contato da criança desde cedo com o livro é o começo de uma longa história de algumas estratégias para desenvolver o hábito de ler.

     Para que você possa conhecer um pouquinho mais sobre a Lulu, acesse o site www.mundodalulu.com.br ou entre em contato através do e-mail mundodalulu@gmail.com.


A ENTRADA DA CRIANÇA NA CRECHE


                   Kelly Cristina da S. Campos - Psicopedagoga
                                    Fone: 8342-0924


     A partir dos nove meses, a maioria das crianças já responde através do medo ao se deparar com situações e pessoas estranhas.
     A ansiedade por separação da figura de apego pode ser considerada como uma resposta a situações de ameaça à sobrevivência. Quando é deixada pela mãe, a criança responde através de comportamentos intitulados “protesto de separação”. As reações no momento da separação podem ser várias, incluindo olhar de cautela, inibição da ação, expressão facial assustada, tremor ou choro, busca de abrigo, esconder-se e agarrar-se a alguém. Muitas patologias físicas e mentais podem ser decorrentes da falta ou descontinuidade da relação entre a criança e a figura de apego.
     O fato de algumas crianças sentirem de maneira mais ou menos impactante a separação da mãe ou de sua substituta se dá devido às circunstâncias de como ela se percebe cuidada na ausência da figura de apego, além da idade da criança e do tempo da separação.
     Não podemos afirmar que exista uma idade ideal para se matricular uma criança na creche. Alguns estudos sugerem que quanto mais cedo melhor é para a adaptação. Outros, porém, apontam que crianças que antes dos nove meses passaram a receber cuidados alternativos (babás em casa, casas de cuidadores e creches) por mais de vinte horas semanais, ao completarem um ano de idade estavam mais propensas a apresentar insegurança. Já os que entraram com idade entre 12 e 17 meses ou após os dois anos têm relações mais satisfatórias e são mais tolerantes à frustração, podendo ser este o período considerado melhor para a entrada da criança na creche.
     Para tornar este processo menos doloroso, é necessário que a criança seja introduzida em cuidados alternativos nos primeiros dias, chamado período de adaptação. Tal período é iniciado desde os contatos iniciais da família com a creche, pois as impressões dos pais e o vínculo destes com a instituição influenciam a forma de como a criança irá se sentir nesse novo espaço. Não há consenso quanto à duração do período de adaptação, podendo durar meses ou até não se estabelecer, dependendo da família, da criança e da instituição. A procura pela instituição mais adequada precisa obedecer a um planejamento, ou seja, a família deve fazer essa escolha, com tempo suficiente para iniciar o processo de adaptação com antecedência de algumas semanas.
     É necessário que a família esteja atenta ao comportamento da criança, pois ele irá indicar se ela está se adaptando bem ou não. Comportamentos que indicariam falta de adaptação à creche poderiam ser: reações agressivas com colegas e educadoras, brincadeiras envolvendo conteúdo destrutivo, comportamento de evitação e resistência, baixa tolerância à frustração e ao estresse, dificuldade em ser confortada, elevada ansiedade de separação expressa pelos comportamentos de agarrar-se aos pais durante a separação matinal, chorar e protestar, recusar o grupo, hostilizar as rotinas da creche, brincando somente com seus próprios brinquedos, ou desmotivar-se para brincar, sendo este o maior dos indicadores.
     A adaptação das crianças e suas famílias à creche pode ser facilitada quando a instituição adota algumas práticas como: entrevistas de matrícula para conhecer aspectos objetivos e subjetivos da família e da criança, reunião inicial para que a família conheça a instituição, seu projeto pedagógico e sua equipe, contato diário com aumento gradual do tempo de permanência para exploração do espaço e familiarização com a educadora, sendo autorizada a presença da mãe ou da figura de apego, separação definitiva (sem companhia do familiar) somente após estabelecimento de vínculos fortes da criança com a educadora e permissão para que a criança faça uso de objetos de importância afetiva, vinculados a sua família como chupeta, paninho e brinquedos.
     A entrada na creche impõe que os envolvidos estejam conscientes de que as bases da personalidade de um adulto são formadas nos primeiros três anos de vida e, neste caso, a qualidade dos cuidados/educação recebidos pela criança é fundamental.